quinta-feira, 22 de janeiro de 2009


iLHA DOS AMORES

No vivo Mar Salgado concebida,
Entre remotas ondas balouçando,
E num manto de lendas rrepousando
Persiste oculta a Ilha Adormecida.
Ali onde sonhavam já perdida,
Ansioso de saudade alguém pairando,
Seu belo corpo inerte assinalando
O vê desnudo sem o Ar da Vida.
Sitiado pelo Reino do Ocidente,
- Lugar de Morte deste mundo certo -
Desfeito o Inferno irrompe o Oriente.
E neste espaço após o fim das dores
- Manhã nova doirando o Mar aberto
- Reluz sagrada a Ilha dos Amores.

(in «O Cristo das Nações», Sintra, 1995)